EXCLUSIVO: Solange Almeida concede entrevista ao Fã Clube Decolando com Aviões (parte 1/3)

Em comemoração ao nosso aniversário de 1 ano do Fã Clube Decolando com Aviões, conseguimos uma entrevista exclusiva com a nossa querida Solange Almeida, ela mesma, a própria!

Confiram a primeira parte da entrevista EXCLUSIVA que iremos publicar em três partes.
Entrevista: Rogério, Renata, Rafaella e Gisele || Arte/Revisão: Gabriel

Solange Almeida Pereira, 35 anos, mãe de Sabrina, Rafael e Estrela Sâmara, e atualmente noiva de Felipe Godolphim. Já cantou em várias bandas de baile e há oito anos é vocalista da banda Aviões do Forró.Nesta entrevista especial comemorativa ao 1º ano do Fã Clube Decolando com Aviões, Solange Almeida irá nos contar alguns detalhes de sua vida pessoal, profissional e também quais são os projetos futuros.



Decolando com Aviões (DCA): Nosso Fã Clube está espalhado por todo o Brasil, e essa semana estamos comemorando um ano de Fã Clube Oficial. O que você acha do nosso Fã Clube que sempre acompanha o Aviões de Norte a Sul do País?
Solange Almeida (SOL): Acho Tudoooo... Primeiro pela organização de vocês, as faixas em cada estado do Brasil, a energia, o site super atualizado... Vocês estão de parabéns!


DCA: Agora falando sobre a Sol. Em 2008, você fez uma cirurgia bariátrica e hoje você é uma nova mulher, com o alto estima  ''lá em cima''. O que você tem feito para ficar cada vez melhor e mais bonita?
SOL: É verdade. Fiz a cirurgia por questão de melhoria de vida. Estava doente em todos os aspectos e o excesso de peso já prejudicava o meu comportamento no palco. Foi a decisão mais acertada, porque mudou minha vida por inteiro. Minha saúde que estava debilitada hoje está 100%. Minhas “taxas” que antes eram altíssimas baixaram. A hipertensão que me preocupava bastante ficou normalizada. As articulações que doíam pararam de doer e voltei a usar salto... Sem falar que quando me vi magra quis melhorar o visual. Era horrível andar no shopping olhar pra uma roupa e não poder compra-la porque ela não cabia. Era frustrante. Quando me vi magra e amando o que eu olhava no espelho passei a me cuidar mais, passei a escolher melhor o que comer, usar creminhos, fazer drenagem, e me submeti no inicio do ano a uma cirurgia de abdominoplastia (procedimento cirúrgico estético realizado para remover estrias,  gordura e pele em excesso do abdômen) e silicone nos seios (que eu já tinha, o que fiz foi só aumentar de 300ml pra 350ml). E com a vinda do Mozart Cristian fechei de cadeado... sem falar do amor. O amor me deixa feliz. Amar e ser amada, não existe nada melhor.


DCA: Se você pudesse voltar ao passado, mudaria alguma coisa? Por quê?
Solange Almeida: Que pergunta difícil, hein? Pra falar a verdade eu não mudaria nada. Viveria tudo de novo, só que com mais cautela. Aprendi com meus erros. Tem uma parte da música “Lição de vida” da minha amiga Beth Nascimento (Ex- Mastruz com Leite) que diz assim: “E agora? eu quero é viver, esquecer, vou mudar de estrada. A gente aprende com a dor o que a felicidade não pode ensinar.” Ela diz tudo, né?

DCA:  Sol, conte-nos um pouco, como começou a sua carreira de cantora e como foi seu primeiro show no Aviões.
SOL: Poxa, eu comecei a cantar muito pequena (3 anos de idade) sob a influência do meu Tio Vital que ia lá pra casa com o violão e cantava músicas de Roberto Carlos, Paulo José (que creio que muitos de vocês não conhecem), Alceu Valença e outros. Eu cantarolava todas, mas dos 7 para os 8 anos, ele me levou pra cantar no programa da Mara Maravilha, na Bahia, chamado “Domingo Show Criança” (no SBT local de Salvador). Lá me destaquei e já tinha em mente que seria uma grande cantora um dia.

Em 1997 eu entrei na primeira banda, que foi a “Sabor de Maçã” que era do interior da Bahia (Barrocas) e foi tentar sucesso em Salvador. E lá fui eu... estudava e nos finais de semana seguia pra fazer os shows. Era difícil pra caramba, me cansava bastante, mas minha vontade de vencer era imensa e eu não desisti.
Depois substitui uma grande cantora de uma banda de baile da minha cidade  (Alagoinhas) chamada “Magnificos” e a cobranca era enorme porque eu não tinha experiência alguma e as pessoas me comparavam a ela, coisa impossível porque ela já tinha uma grande bagagem, e aquilo foi me deixando triste. Pensei em desistir, mas continuei.

Fui cantar na banda os “Caciques” também de Alagoinhas e conheci um rapaz (que foi o meu primeiro amor) e a família dele não aceitava que a namorada do filho fosse cantora e tal. Larguei tudo por ele e fiquei 3 anos longe dos palcos. Até que em 1991 eu voltei a cantar num grupo de teclado chamado Luis Cláudio e Cia e em 1992 nosso namoro acabou e eu comecei a cantar em barzinhos na minha cidade e em Salvador.
Sai de casa quando minha mãe faleceu em novembro de 1992, e fui morar em Sergipe, depois fui pra Paraíba, depois voltei pra Sergipe e em 1995 fui pro Rio Grande do Norte, onde fiquei até 1999 e nesse mesmo ano fui para Carpina, em Pernambuco,  cantar na “Banda G” que me destacou como cantora de forró.

Em 2001 eu voltei pra Natal, banda “Os Terriveis”, mas fiquei só um ano. Em janeiro de 2002 fui convidada para ir pra “Caviar com Rapadura” e não pensei duas vezes, só que não imaginei que seria tão difícil e que o mundo do forró me traria tantas surpresas, algumas boas e outras ruins. Nessa época pensei definitivamente em parar de cantar e me dedicar aos estúdios fazendo vocais em cds e tal, mas recebi o convite do Isaias cds, um dos proprietários do Aviõesdo Forró, para fazer parte da banda e eu disse pra mim mesma: “ESSA SERÁ MINHA ULTIMA TENTATIVA. SE EU NÃO CONSEGUIR O SUCESSO AQUI, EU DESISTO!”.

No começo foi bastante difícil. As pessoas não acreditavam na gente. Dois gordinhos cantando forró e tal... as pessoas riam, mas não desistimos. Em 19/10/2002 fizemos nosso primeiro show numa casa de show chamada “Cantinho do Céu” e não paramos mais. Foi muita emoção, misturada com vergonha e medo de fracassar, mas Deus foi fiel e é ate hoje com a gente. E estamos juntos, EU e XAND. E só Deus pra nos separar.


DCA: Solange Almeida, quando você pega as malas para seguir viagem com a banda: qual é o momento mais dificil para você?
SOL: A parte mais difícil com certeza é deixar meus filhos em casa. A despedida é cruel. Eu dou uma de forte, mas por dentro estou morrendo. Sei que vou e volto, e todo o sacrifício de deixa-los é para um futuro melhor. E quando eu chego no palco que vejo vocês, eu vejo que a minha vida não poderia ser outra. Essa é minha vida, é o que eu amo fazer. Sou feliz assim.


CONTINUA...
Fiquem ligados em nosso site. Amanhã postaremos a segunda parte da entrevista. Aguardem!

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21/08/2010 - 2ª parte da entrevista